O Último Sinal — Um Thriller em Portugal
Romance de suspense envolvente com suspense intenso e grandes apostas, A chuva caía forte sobre Lisboa naquela noite. As ruas brilhavam sob a luz dos candeeiros, e o ar trazia o cheiro a sal vindo do próximo Rio Tejo. O detetive Miguel Santos caminhava apressado pelo bairro de Alfama, apertando o casaco contra o corpo. Em algum lugar, no coração da cidade, um sinal chamava por ele — um sinal que ninguém deveria ouvir.
O telemóvel de Miguel vibrou. Surgiu uma mensagem: “Encontra-o antes deles.” Sem remetente. Sem explicação.
Ele conhecia o código. Anos atrás, Miguel fizera parte de uma unidade secreta de inteligência. Essa unidade dissolveu-se depois de uma missão falhada. Nomes foram enterrados. Arquivos destruídos. Mas algo vivo agora rompia o silêncio. Alguém chamava-o de volta para as sombras.
O Sinal
Na manhã seguinte, Miguel encontrava-se num pequeno café onde costumava ir pensar. A chuva tinha parado, mas Lisboa continuava cinzenta e fria. Percorreu as mensagens no telemóvel. O sinal era real. Não era uma mensagem aleatória — vinha com coordenadas. Um local no Porto.
Miguel não confiava na nota, mas o instinto dizia-lhe para seguir. Comprou imediatamente um bilhete de comboio. Enquanto o comboio avançava para norte, observava a paisagem urbana a desaparecer, imaginando que perigo o aguardaria.
No Porto, as coordenadas levavam-no a um armazém abandonado perto dos cais do rio. O local estava silencioso, apenas quebrado pelo som distante das ondas e pelo vento. Miguel aproximou-se com cautela. As portas do armazém estavam entreabertas. No interior, uma luz fraca tremeluzia. Algo se movia.
Uma figura saiu. Alta, vestida de negro, rosto oculto. Antes que Miguel pudesse falar, a figura desapareceu nas sombras. Miguel avançou, coração acelerado. No chão, apenas um pequeno pen drive permanecia.
Os Dados
No apartamento que alugara, Miguel ligou o pen drive ao portátil. O ecrã encheu-se de ficheiros criptografados e vídeos estranhos. Um vídeo mostrava um homem a falar em voz baixa, com legendas a dizer: “O dispositivo mudará tudo. Encontrá-lo antes da meia-noite.”
Miguel reconheceu o homem. Era Ricardo Mendes — antigo agente de inteligência desaparecido há cinco anos. Ricardo fora seu amigo. O seu desaparecimento destruíra a carreira de Miguel. Agora, Ricardo enviava-lhe uma mensagem vinda de um lugar desconhecido.
Antes que Miguel conseguisse processar a informação, bateram à porta com força. Ele congelou. Pelo olho mágico não viu ninguém. Quando abriu, um envelope preto estava no chão. Dentro havia um único papel: “Eles sabem que procuras.”
A Caçada
Miguel sabia que já não estava apenas a perseguir um mistério — estava a ser caçado. Saiu imediatamente do Porto e dirigiu-se a Sintra, onde estava o último contacto conhecido de Ricardo. A estrada serpenteava ao longo de falésias, com vista para o Atlântico. Sintra estava silenciosa naquela noite, mas o perigo estava próximo.
Numa villa abandonada, Miguel encontrou outra pista — um pequeno mapa marcando um local escondido na Serra de Sintra. Mas não estava sozinho. Sombras moviam-se atrás dele. Ouviu sussurros. Antes que pudesse reagir, alguém o agarrou pelas costas. Um pano foi-lhe pressionado sobre a boca.
Quando Miguel acordou, estava amarrado a uma cadeira. Ricardo estava lá — vivo, mas diferente. Os olhos mais frios.
“Não devias ter vindo,” disse Ricardo baixinho. “Eles querem o dispositivo. E matarão todos para o conseguir.”
A mente de Miguel corria. “Onde está?”
O rosto de Ricardo endureceu. “Está escondido. Mas estão mais perto do que imaginas.”
Aposta Alta
Escaparam da villa por um túnel secreto, mas os perseguidores estavam próximos. Do lado de fora, uma carrinha preta esperava. Homens armados com silenciadores cercaram-nos. Miguel e Ricardo correram. Disparos ecoaram. Ricardo puxou Miguel para a floresta, desaparecendo na escuridão.
Durante a noite, avançaram mais para dentro das montanhas. Ricardo revelou a verdade: o pen drive continha coordenadas para um dispositivo enterrado sob Lisboa. Um dispositivo capaz de interromper redes de comunicação em todo o mundo. Se caísse nas mãos erradas, poderia causar caos na Europa.
“Chamam-lhe O Sinal. Quem o controla controla o fluxo de informação,” explicou Ricardo. Miguel ouvia incrédulo. “Temos de o destruir.”
Mas havia uma condição — o dispositivo só poderia ser destruído no seu local original. E o tempo estava a acabar.
Corrida Contra o Tempo
Miguel e Ricardo regressaram a Lisboa antes do amanhecer. Cada rua parecia viva com perigo. Agentes desconhecidos patrulhavam a cidade. Cada passo era observado. O dispositivo estava escondido debaixo da Praça do Comércio — uma das praças mais movimentadas da cidade.
Disfarçaram-se, misturando-se com a multidão matinal. Ao descerem pelos túneis subterrâneos, o ar tornou-se denso de tensão. Os passos ecoavam.
De repente, estavam cercados. Figuras surgiram — armadas, silenciosas, implacáveis. Miguel sabia que era uma armadilha.
Ricardo sussurrou: “Segue-me. Não temos muito tempo.”
Entraram numa passagem estreita, emergindo sob os arcos antigos sob a praça. Dispositivo brilhava fracamente numa caixa metálica. O coração de Miguel disparou.
O Confronto Final
Ricardo ajustou um temporizador no dispositivo. “Temos cinco minutos,” disse. “Quando isto começar, não há volta atrás.”
Passos aproximavam-se. Sombras surgiram à entrada do túnel. Miguel segurou a pistola com firmeza. Ricardo continuou a trabalhar na fechadura. Uma luta irrompeu. Disparos ecoaram no subsolo.
Miguel disparava com precisão. Ricardo trabalhava sem parar. Os segundos passavam. No último momento, Ricardo fechou a caixa com força, e uma explosão de luz iluminou o túnel. O sinal do dispositivo desapareceu.
Os atacantes fugiram. O silêncio voltou. Miguel e Ricardo caíram no chão, exaustos.
Consequências
Lisboa acordou normalmente. Ninguém sabia da ameaça que passou. Miguel caminhou pelas ruas de Alfama, com a chuva a começar de novo. Ricardo desaparecera outra vez. Miguel guardou o pen drive — uma lembrança de que a verdade se esconde sempre nas sombras.
Recebeu uma última mensagem: “O Sinal desapareceu. Mas outros virão.”
Miguel olhou para o Rio Tejo. Algures em Portugal, o perigo aguardava novamente.