Marido força esposa a assinar divórcio no leito do hospital, mas a surpresa foi cruel…

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A sala do sétimo andar de um hospital privado estava estranhamente silenciosa. O monitor cardíaco emitia um som constante, e a luz branca iluminava o rosto pálido de Leonor, uma mulher que acabara de passar por uma cirurgia para remover um tumor na tireoide.

Antes de despertar completamente da sedação, Leonor viu o marido, Diogo, parado aos pés da cama, segurando uma pilha de papéis.

—Já acordaste? Ótimo, assina aqui.

A voz dele era fria, sem um traço de compaixão.

Leonor ficou confusa:
—O que é isto? Que papéis são esses?

Diogo empurrou os documentos para ela com indiferença:
—Os papéis do divórcio. Já estão preparados. Só precisas da tua assinatura e está tudo resolvido.

Leonor ficou aturdida. Os lábios tremiam, a garganta ainda doía da cirurgia, e as palavras não saíam. Os olhos enchiam-se de dor e perplexidade.

—Estás a brincar?

—Não estou. Já te disse que não quero viver com uma mulher doente e fraca o ano todo. Canso-me de carregar este fardo sozinho. Deixa-me viver com os meus verdadeiros sentimentos.

Falava com tranquilidade, como se estivesse a falar de trocar de carro, não de abandonar a mulher com quem passara quase uma década.

Leonor sorriu fraco, lágrimas escorrendo pelas faces.

—Então… esperaste o momento em que não me podia mexer, não podia reagir… para me obrigar a assinar?

Diogo ficou em silêncio por segundos, depois confirmou:
—Não me culpes. Isto ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Tenho outra pessoa. Ela não quer viver na sombra.

Leonor apertou os lábios. A dor na garganta era nada comparada à que sentia no coração. Mas não gritou nem chorou. Apenas perguntou, suavemente:

—Onde está a caneta?

Diogo surpreendeu-se.
—Vais mesmo assinar?

—Não disseste que isto tinha de acontecer?

Ele entregou-lhe a caneta. Leonor pegou com mãos trémulas e assinou com lentidão.

—Pronto. Desejo-te felicidade.

—Obrigado. Vou devolver os bens como combinamos. Adeus.

Diogo virou-se e saiu. A porta fechou-se, sem fazer ruído. Mas mal tinham passado três minutos quando se abriu novamente.

Entrou um homem. Era o doutor Martim, o melhor amigo de Leonor desde a universidade, que realizara a sua cirurgia. Trazia consigo o prontuário médico e um ramo de cravos brancos.

—A enfermeira disse-me que Diogo esteve aqui?

Leonor acenou, sorrindo levemente:
—Sim, veio divorciar-se.

—Estás bem?

—Melhor do que nunca.

Martim sentou-se ao seu lado, pousou as flores na mesa e entregou-lhe um envelope em silêncio.

—Isto é uma cópia dos papéis do divórcio que o teu advogado me enviou. Disseste-me há dias: se o Diogo entregar os papéis primeiro, então dá-mos para eu assinar.

Leonor abriu-o e assinou sem hesitar. Virou-se para Martim, os olhos mais vivos do que nunca:

—A partir de agora, não vivo mais para ninguém. Não tenho de me forçar a ser uma esposa “boa o suficiente”, nem fingir que estou bem quando estou cansada.

—Estou aqui. Não para substituir ninguém, mas para ficar ao teu lado se precisares.

Leonor acenou. Uma lágrima caiu, mas não de dor—era de alívio.

Uma semana depois, Diogo recebeu um pacote por correio urgente. Era o decreto de divórcio, totalmente assinado. Junto, uma pequena nota escrita à mão:

*”Obrigada por escolheres ir embora, para que eu não precise mais de me agarrar a quem já partiu.
A que ficou para trás não sou eu.
És tu—perdendo para sempre alguém que um dia te amou com tudo o que tinha.”*

Naquele momento, Diogo entendeu: quem julgava ter o controlo era, na verdade, quem foi abandonado sem piedade.

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