Humilde Mãe Conforta Criança Chorando… Sem Saber Que Pai Rico Estava Observando

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Uma mãe humilde ajuda um menino chorando enquanto carrega o próprio filho, sem saber que o pai milionário dele estava observando. “Não chores, meu amor, já passou”, sussurrou Leonor, acariciando o rosto molhado do desconhecido. “Como te chamas, menino?” Tomás, de 12 anos, soluçou, tremendo sob a chuva torrencial que caía nas ruas do Chiado, em Lisboa.

Leonor apertou o bebé Rodrigo contra o peito com uma mão e, com a outra, tirou o casaco encharcado para cobrir os ombros do rapaz. Os seus próprios lábios estavam roxos de frio, mas não hesitou nem um segundo. “Onde estão os teus pais, Tomás?”, perguntou com voz doce, protegendo-o com o corpo enquanto procurava abrigo sob o toldo de uma pastelaria.

“O meu pai… o meu pai está sempre a trabalhar”, murmurou o menino. “Discuti com o Francisco, o motorista, e saí do carro. Não sei onde estou.” A poucos metros dali, atrás do vidro fumado de um Mercedes preto, Duarte Almeida observava a cena com o coração na garganta.

Havia passado os últimos 30 minutos a percorrer as ruas depois da desesperada chamada da escola. O filho fugira outra vez. Mas o que via deixou-o sem palavras. Uma mulher jovem, claramente de poucos recursos pela roupa simples e desgastada, consolava Tomás como se fosse seu. Carregava um bebé que não devia ter mais de 6 meses e, ainda assim, dera a única proteção contra a chuva a um desconhecido.

“Olha, sobrou-me umas rissóis de hoje”, disse Leonor, tirando um saco de papel da mala. “Estão um bocado frios, mas vão-te aquecer. Tens fome?” Tomás anuiu e pegou no rissol com mãos trémulas. Há anos que ninguém cuidava dele com tanta ternura. “Está bom”, murmurou entre mordidas. “A minha mãe nunca cozinhava para mim.”

O comentário trespassou o coração de Leonor como uma faca. Aquele menino, com o uniforme caro do Colégio São João de Brito e os sapatos de marca, parecia ter todo o dinheiro do mundo, mas faltava-lhe o essencial. “Todas as mães sabem cozinhar no coração”, disse, enxugando-lhe as lágrimas com a manga. “Às vezes só precisam de um bocadinho de ajuda para se lembrar.”

Duarte saiu devagar do carro, sentindo cada passo como se pisasse vidros partidos. A culpa sufocava-o. Quando foi a última vez que consolara o filho assim? Quando foi a última vez que realmente o vira? “Tomás”, chamou, com voz rouca. O menino ergueu a cabeça e, ao ver o pai, ficou tenso.

Leonor sentiu a mudança e olhou na direção da voz. Os olhos dela cruzaram-se com os de Duarte Almeida e, por um segundo, o mundo parou. Era ele, o homem das revistas, o CEO mais bem-sucedido de Portugal, o viúvo milionário que aparecia em todas as notícias de negócios.

“Meu Deus”, murmurou Leonor, recuando um passo. “O senhor é o pai do Tomás?” Duarte aproximou-se devagar. “E a senhora é a pessoa mais generosa que já conheci na minha vida.” Leonor sentiu as faces a arder de vergonha. Certamente pensaria que era uma daquelas mulheres que se aproveitam de crianças ricas. Rapidamente devolveu o casaco a Tomás e tentou afastar-se.

“Não, eu só… estava a ajudá-lo porque ele chorava.” “Espere”, disse Duarte, estendendo a mão. “Por favor, não vá.” Mas Leonor já recuava, apertando Rodrigo contra o peito. As gotas de chuva misturavam-se com as lágrimas que começavam a escorrer.

“Tomás, vamos”, murmurou Duarte, mas o filho não se mexeu. “Não quero ir”, disse o menino, agarrando-se ao casaco que ainda trazia. “Ela cuidou de mim quando eu estava sozinho. Ninguém cuida de mim como ela.” As palavras de Tomás atingiram Duarte como um soco no estômago. O seu próprio filho preferia uma desconhecida a ele.

“Minha senhora”, disse Duarte, com voz mais suave. “Chamo-me Duarte Almeida e devo-lhe um pedido de desculpa.” “Um pedido de desculpa?”, perguntou Leonor, confusa. “Por ser o tipo de pai que faz o filho preferir a companhia de estranhos à minha.” O silêncio que se seguiu só foi quebrado pelo som da chuva no calçamento.

Leonor olhou para aquele homem poderoso, vulnerável pela primeira vez, e depois para Tomás, que ainda se agarrava ao casaco como se fosse um salva-vidas. “Os meninos só precisam de ser vistos”, disse finalmente. “De serem ouvidos a sério.” Duarte anuiu, engolindo em seco. Sabia que ela tinha razão. Sabia que falhara.

“Como posso retribuir o que fez pelo meu filho?” Leonor abanou a cabeça, ajustando o xaile de Rodrigo. “Não tem que me agradecer nada. Qualquer pessoa faria o mesmo.” “Não”, disse Duarte, fitando-a nos olhos. “Não qualquer pessoa. A senhora deu o casaco a um menino desconhecido enquanto carregava o seu bebé debaixo de chuva. Isso não é comum. Isso é extraordinário.”

Pela primeira vez, Leonor não soube o que responder. Aquele homem olhava para ela como se fosse algo valioso, algo especial. Nunca ninguém a olhara assim. “Tenho que ir embora”, murmurou, por fim. “O Rodrigo vai ficar constipado com este frio.” “Deixe-nos, pelo menos, levá-la a casa”, insistiu Duarte. “É o mínimo que posso fazer.”

Leonor olhou-o com desconfiança. Homens ricos sempre queriam algo em troca. “Não, obrigada.” “Podemos ir no autocarro?”, pediu Tomás, agarrando-lhe a mão. “Por favor.”

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